laser para glaucoma
A utilização do laser para tratamento glaucoma tem ganhado cada vez mais espaço, tanto pelo aprimoramento da efetividade na redução da pressão intra-ocular, quanto pela maior segurança e previsibilidade dos resultados. Aqui você vai conhecer um pouco mais sobre os principais laser utilizados.
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LASER MICROPULSADO
O tratamento do glaucoma com Laser Micropulsado Transescleral tem ganhado cada vez mais espaço entre os especialistas como uma opção no tratamento cirúrgico do glaucoma, devido à sua maior segurança e eficácia em comparação com o laser convencional contínuo.
Os micropulsos permitem pequenos intervalos de resfriamento, reduzindo a lesão tecidual e minimizando a inflamação. O laser atua tanto sobre o corpo ciliar, diminuindo a produção do humor aquoso, quanto por fotoestimulação do tecido da pars plana, aumentando a drenagem do líquido pela via úveo-escleral. Dessa forma, há um mecanismo duplo na redução da pressão intraocular.
O procedimento é rápido, com duração de poucos minutos, sendo realizado por meio do contato da sonda com a superfície ocular, sem necessidade de cortes ou suturas. No entanto, a aplicação deve ser feita em centro cirúrgico, sob sedação, para garantir maior conforto ao paciente. O período de recuperação exige poucos dias de afastamento das atividades, e o acompanhamento é realizado em consultas ambulatoriais. Caso necessário, o procedimento pode ser repetido no mesmo olho.
Embora o Laser Micropulsado Transescleral seja um procedimento muito seguro, é importante destacar que, como qualquer intervenção médica, pode envolver riscos e efeitos adversos. Esses riscos são geralmente raros e podem incluir inflamação ocular, alteração temporária da pressão intraocular ou desconforto transitório, sendo essencial um acompanhamento especializado para minimizar possíveis complicações.
Assim como a Fototrabeculoplastia Seletiva (SLT), o laser Cyclo G6 ainda é pouco disponível no Brasil, estando restrito, na maioria dos casos, aos grandes centros urbanos.

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FOTOTRABECULOPLASTIA SELETIVA À LASER (SLT)

A Fototrabeculoplastia Seletiva (SLT) é um procedimento realizado em consultório, de forma rápida e praticamente indolor, no qual um laser de baixa energia é aplicado sobre a malha trabecular – estrutura responsável pela drenagem do humor aquoso, o líquido que preenche o interior dos olhos.
O efeito do laser aumenta a permeabilidade dessa região, sem causar lesão tecidual significativa e com mínima inflamação. Dessa forma, é como se o "ralo do olho" fosse aberto, permitindo que o líquido seja drenado com mais facilidade, resultando na redução da pressão intraocular.
O procedimento não exige afastamento das atividades diárias, e o acompanhamento é realizado por meio de consultas ambulatoriais. Caso necessário, a aplicação pode ser repetida no mesmo olho para potencializar o efeito.
Embora a Fototrabeculoplastia Seletiva seja um procedimento muito seguro, é importante destacar que, como qualquer intervenção médica, pode envolver riscos e variações nos resultados. Alguns pacientes podem apresentar resposta limitada ao tratamento, e, em casos raros, pode haver inflamação transitória ou aumento temporário da pressão intraocular, tornando o acompanhamento oftalmológico essencial.
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IRIDOTOMIA YAG LASER
A Iridotomia a Laser é um procedimento indicado para pacientes com Glaucoma de Ângulo Fechado ou Fechamento Angular Primário. O tratamento consiste na realização de uma microperfuração na íris periférica, utilizando o YAG Laser, permitindo a melhor circulação do humor aquoso dentro do olho.
O procedimento é realizado em consultório, sob anestesia tópica (colírios), e dura apenas alguns minutos.
A Iridotomia a Laser cria uma passagem adicional para o humor aquoso, permitindo que o líquido flua da câmara posterior (localizada atrás da íris) para a câmara anterior (entre a íris e a córnea). Esse mecanismo ajuda a reduzir o risco de crises de glaucoma agudo por bloqueio pupilar, proporcionando maior segurança para pacientes predispostos a essa condição.
Embora a Iridotomia a Laser seja um procedimento rápido e seguro, como qualquer intervenção médica, pode apresentar riscos e variações na resposta ao tratamento. Alguns pacientes podem experimentar leve inflamação ocular ou sensibilidade à luz temporária, tornando o acompanhamento oftalmológico fundamental para garantir o sucesso do procedimento.